Quimioesfoliação, dermatoesfoliação ou peeling, é uma tecnica que consiste na aplicação de drogas para descamar e renovar a pele, pela ação química sobre as células epidérmicas e constituintes da derme.
Os peelings podem modificar a pele de três maneiras: incitam a proliferação epidérmica às custas da extração da camada córnea; induzem a substituição do tecido lesado por tecido sadio, o que melhora a aparência geral da pele lesada e da pele justaposta e, por último, induzem reação inflamatória local, o que pode provocar a neocolagênese (produção de colageno).
São indicados para melhora de cicatrizes, manchas, textura e correção de rugas na pele.
Os peelings químicos podem ser aplicados com diversas finalidades, como: atenuação de rugas, melanoses, ceratoses actínicas, melasma, discromias pós-inflamatória, acnes e suas sequelas, cicatrizes atróficas, estrias, queratose pilar e hiperpigmentação. Porém, são contraindicados nos casos de fotoproteção ineficinte, gravidez, estresse, escoriações neuróticas, uso de isotretinoína oral há menos de seis meses, cicatrização deficiente ou formação de quelóides, história de hiperpigmentação pós-inflamatória permanente, dificuldade para comprender e seguir orientações fornecidas.
Podemos classificar os peelings químicos em três tipos, de acordo com a profundidade: superficial, médio e profundo. Na dermatoesfoliação superficial apenas a camada córnea é removida; na média remove-se toda a epiderme e derme papilar; já nos peelings profundos a esfoliação atinge a derme reticular.
As complicações dos peelings são diretamente proporcionais à profundidade que eles atingem. Deste modo, um peeling superficial ou médio pode não ser tão eficaz, ao passo que os peelings profundos são mais efetivos. Todavia seu risco de discromias e cicatrizes é muito maior.