A acne é uma das patologias mais comuns que acometem a pele dos seres humanos. Embora possa ocorrer em qualquer fase da vida, é mais comum entre os adolescentes e jovens adultos, durante a puberdade, sem distinção de sexo e com predomínio em peles oleosas.
Existem vários fatores que combinados podem causar a acne, dentre eles: hiperatividade de glândulas sebáceas, infecção bacteriana (Propionibacterium acnes) e queratinização do ducto sebáceo.
A acne ocorre pela afecção dos folículos pilo-sebáceos. Esses folículos estão distribuídos em todo o corpo humano, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés. Há um predomínio de folículos na face, na linha média do tórax e do dorso, por isto essas regiões são mais acometidas.
As manifestações clínicas da acne são: comedões, pápulas, pústulas, abcessos e nódulos. Elas determinam uma classificação didática da patologia em cinco graus: grau I, comedogênica e não inflamatória; grau II, pápulo pustulosa; grau III, nódulo cística; grau IV, conglobata e grau V, forma rara, que cursa com febre, leucocitose, poliartralgia, eritema e necrose de algumas lesões.
Por ser considerada um processo natural da puberdade, há uma subvalorização e um atraso na procura por atendimento médico especializado, o que pode acarretar em lesões permanentes ou de difícil tratamento. Apesar do baixíssimo potencial de letalidade, essa dermatose deve ser tratada de maneira rápida e adequada a cada caso, de acordo com o grau, a fim de se evitar cicatrizes inestéticas e sequelas psico-sociais.